domingo, 31 de dezembro de 2017

Até para o ano...


Alimentando o filho,,,

Alimentando o filho...
Olympus e-510; feita naquela que foi a casa dos meus pais (e onde nasci) e depois minha e foi vendida!

Esta fotografia representa para mim todos os sonhos de evolução, intelectual, na fotografia e na vida! É o meu símbolo...


Olhos lindos os teus...

Olhos lindos os teus...
Olhos lindos os teus,
doce o teu olhar
que senti no cumprimento aos meus
Olhos lindos os teus,
castanhos de encantos tamanhos,
já dizia essa canção,
pecados meus…
Troca de abraços, carícias e beijos,
sabor a sal nesse choupal…
Quero-te meu bem!
Olhos lindos os teus,
doce o teu olhar nos meus
No voo da borboleta inquieta
inventámos a liberdade no sentimento presente,
toda a verdade do amor…
No meu sorriso palavras não são ditas:
Leva-me a ver nascer o sol!
Leva-me a ver, sentir o mar,
rebolar na areia da praia no riso de uma criança,
quero acordar as gaivotas,
quero vê-las a voar
no sonho e tradição dessa Coimbra da canção
que enche o nosso coração
de amor,
o meu e o teu…
E o cheiro dos comboios que queremos longe
envolve os nossos corpos,
nos ponteiros do relógio que teima em não parar…
Quero-te tanto meu bem!
Eu sei!
Olhos lindos os teus,
brilhantes luzentes caídos do céu
E a saudade antecipada da partida
no teu olhar escondida,
no sorriso da despedida,
um beijo meu…
Eu sei amor, eu sei que tu és meu,
não vês que me acompanha no céu o teu voar?
Teus olhos castanhos de encantos tamanhos
são a minha luz…
Olhos lindos os teus…

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Prometo falhar...

Maria bébé
Entraste na minha vida já eu era um homem "velho" pois tinha quase 50 anos e era inclusivamente aposentado da "vida activa".
Se por um lado isso me assustou, por outro permitiu que eu estivesse mais tempo contigo e ao teu lado no teu crescimento para a vida.
E lembro tantas "aventuras" que vivemos juntos...
A aventura de te mudar a fralda, de te dar a papa, de tentar apaziguar teu choro, de estar noite e dia ao lado de teu berço quando adoecias, de te acompanhar ao hospital ansioso, nas crises de asma, de te acompanhar ao parque para brincares, de te ir levar e buscar à escola, de corrermos juntos pelos campos da nossa terra acompanhados pelos nossos cães que ladravam e saltavam de alegria, de te ver crescer enquanto eu envelhecia.
Mas também por qualquer razão algumas vezes me chamaste e eu não pude ir... "Agora não, filha, não tenho tempo..."
Até que as circunstâncias da vida (que puta de desculpa inventámos para justificar os nossos erros e incapacidades para lidar com eles e ultrapassá-los sem sofrimento de alguém que sempre há ...) nos levaram por caminhos diferentes.
E quanto sofrimento vivemos por essa separação. E quantas vezes pensámos que já não teríamos oportunidade por causa da idade, de voltarmos a estar juntos.
Mas o tempo não pára... e o impensável aconteceu. Tudo o que desejei quando nasceste aconteceu e vi-te ser a mulher adulta que ansiava ver.
Mas isso tem os seus inconvenientes também, porque agora és tu que não tens tempo para mim, e se caminhas para um lado na idade e na vida eu caminho para o outro, para o fim dela.
E quando me vejo só por momentos e penso em todos os anos que vivi contigo e antes e penso em todos os erros que cometi, como homem que sou, penso que já não irei ter tempo para ser absolvido dos pecados cometidos, não só na vida contigo, como todos os outros, incluindo aqueles que me levaram para ti e os cometidos ao afastar-me de ti.
E por medo, ou como reflexo da idade, continuo a cometer erros. E se alguns erros cometi para te encontrar, agora temo cometê-los que me levem a perder-te.
E por mais que me esforce e prometa não errar, a única coisa que te posso prometer sem falhar, é prometer-te que vou falhar...
Um beijo do pai...


(escrito em 13 de Dezembro de 2016)
Maria e o filho Afonso, nascido em 13 de Outubro de 2017

Primavera